domingo, 31 de agosto de 2008
Turn around bright eyes
Mas eu gosto, né.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Um pouco egoísta.
Um pouco que compensasse as angústias, que calasse o vazio.
O mesmo pouco que passa tão longe, que só deixa aos olhos a certeza da existência e a vontade.
Estou meio sem nada.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
E sarebbe come se tutto questo mare annegasse in me.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Milonga
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Le temps et l'amour comme ruine
Simples destruição que ficava, restos de memória criada.
Espaço que deixou vazio.
(vazio que se perde com o tempo)
E agora eu olho seus restos e penso que o grande problema
Não é o entulho da construção inacabada,
Mas o quase eu mesma ter sido arruinada.
"O homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio."(Mahatma Gandhi)
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Não sei.
E essa é uma boa frase para o momento. Não sei. Eu que sempre soube o que queria, o que fazer, já não sei tão bem, já fico na dúvida, até do que eu realmente quero. Poderia ser a dor de cabeça, se isso já não se arrastasse tanto.
A parte boa é que sei muito do que não quero. E que consegui ingressos pro Dave Matthews!
Nothing is here to stay
Everything has to begin and end
A ship in a bottle won't sail
All we can do is dream that the wind will blow us across the water
A ship in a bottle set sail..
E continuam as minhas reflexões existenciais..
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Aprenderei a ser árvore
cego
de ser raiz
imóvel
de me ascender caule
múltiplo
de ser folha
aprendo
a ser árvore
enquanto
iludo a morte
na folha tombada do tempo
(Mia Couto)
Porque não sei ser árvore ainda
e ainda não sei escrever.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Feiticeiro
Que morram as estradas, se apaguem os caminhos e desabem as pontes!
Chorais pelos dias de hoje? Pois saibam que os dias que virão serão ainda piores. Foi por isso que fizeram esta guerra, para envenenar o ventre do tempo, para que o presente parisse monstros no lugar da esperança.
Não mais procureis vossos familiares que saíram para outras terras em busca da paz. Mesmo que os reencontreis eles não vos reconhecerão. Vós vos convertêeis em bichos, sem família, sem nação.
Porque esta guerra não foi feita para vos tirar do país mas para tirar o país de dentro de vós.
Agora, a arma é vossa única alma. Roubaram-vos tanto que nem sequer os sonhos são vossos, nada de vossa terra vos pertence, e até o céu e o mar serão propriedade de estranhos. Será mil vezes pior que o passado pois não vereis o rosto dos novos donos e esses patrões se servirão de vossos irmãos para vos dar castigo.
Ao invés de combaterem os inimigos, os melhores guerreiros afiarão as lanças nos ventres das suas próprias mulheres. E aqueles que vos deveriam comandar estarão entretetidos a regatear migalhas no banquete da sua própria destruição. E até os miseráveis serão donos do vosso medo pois vivereis no reino da brutalidade.
Terão que esperar que os assassinos sejam mortos por suas próprias mãos pois em todos haverá medo da justiça. A terra se revolverá e os enterrados assomarão à superfície para virem buscar as orelhas que lhes foram decepadas. Outros procurarão seus narizes no vómito das hienas e escavarão nas lixeiras para resgatarem seus antigos órgãos.
E há-de vir um vento que arrastará os astros pelos céus e a noite se tornará pequena para tantas luzes explodindo sobre as vossas cabeças. As areias se voltearão em remoinhos furiosos pelos ares e os pássaros tombarão extenuados e ocorrerão desastres que não têm nome, as machambas serão convertidas em cemitérios e das plantas, secas e mirradas, brotarão apenas pedras de sal. As mulheres mastigarão areia e serão tantas e tão esfaimadas que um buraco imenso tornará a terra oca e desventrada.
No final, porém, restará uma manhã como esta, cheia de luz nova, e se escutará uma voz longínqua como se fosse uma memória de antes de sermos gente. E surgirão os doces acordes de uma canção, o terno embalo da primeira mãe.
Esse canto, sim, será nosso, a lembrança de uma raiz profunda que não foram capazes de nos arrancar. Essa voz nos dará a força de um novo princípio e, ao escutá-la, os cadáveres sossegarão nas covas e os sobreviventes abraçarão a vida com o ingénuo entusiasmo dos namorados.
Tudo isso se fará se formos capazes de nos despirmos desse tempo que nos fez animais. Aceitemos morrer como gente que já não somos.
Deixai que morra o animal em que esta guerra nos converteu.
Em: Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007; p. 201.
Caixa
Não há luz.
Há poeira, muita poeira, e eu já não consigo respirar.
Ar.
Ar.
[tomba a caixa].
O não-estar.
E quando não sentimos? E quando não estamos?
Não é o mal-estar ou o bem-estar. É o não-estar.
Estou numa semana fora do mundo. Como se tivessem amputado as sensações de meu corpo. São agora como membros-fantasma, mas apenas isso. Sei que já estiveram aqui. Sinto a saudade de sentir, de verdade. E não importa o quê..
Semana vivida apenas por si. De leve..
Aparecendo no máximo um maumorzinho inconveniente..
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Valendo o mesmo que Machado
Por enquanto, me divirto descobrindo quais outros autores também são vendidos pelo mesmo preço:
http://sebopacobello.locaweb.com.br/busca.php?tipo=tituloautor&nome_primeiro=MACHADO%20DE&nome_ultimo=ASSIS
Uhuu, excelente descobrir que custo o mesmo que Machado!! \o/
Mas bem que podia ter foto da capa :/
http://sebopacobello.locaweb.com.br/busca.php?statsadd=1&tipo=titulo&string=2026
Enfim, este é um bom argumento para minha pretensão de conseguir uma cadeira na Academia. Mesmo que de plástico.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
..
Provavelmente com fundo musical bem planejado.
Por que diabos..
Não me diz absolutamente nada.
domingo, 17 de agosto de 2008
Domingo
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Poesias Arcoloridas: Violeta
Mais do que palavra ou cor, uma vida.
Do primeiro dia já sabíamos, eu seria sua.
O tempo longe, desacreditado, trouxe sua imagem de volta, era para ser.
Violeta
Violett
Violet
Viola
Vijoličast
Fioletowy
Violetto
紫
بنفش
E é minha.
Poesias Arcoloridas: Anil / Indigo
É cor-não-cor, mestiça de azul e violeta, fusão.
A cor-não-cor não tem cor de planta, e é.
Irreconhecível, indescritível, impensada.
Mais ciência que realidade.
É cor e compõe o arco.
Poesias Arcoloridas: Azul
banalização do azul, imagens largadas de céu.
Onde mais encontro?
Em chão não há.
Procuro dentro.
Atrás dos olhos, também azuis,
o azul na cor que poderia sorrir.
Poesias Arcoloridas: Verde
sua blusa que me abraça ao sono?
Saberia o Sol? Pés?
Não saberia.
Não saberia o tempo,
envelhecimento.
Como saber nossas tardes de liberdade,
libertivertimento,
na ausência do verde?
Poesias Arcoloridas: Amarelo
hÁ mar no elo
Ama, rói, mela
roela
Ama e rela
Amar é ela
E só ela ama.
Poesias Arcoloridas: Laranja
fruta
cheiro
cor.
fruta e cor, sob a mesma casca
o mesmo rótulo dividido,
definido o artigo, definido
se cor ou fruta
mas importa? se fruta ou cor
será laranja e pronto.
(e bagaço talvez).
Poesias Arcoloridas: Vermelho
Quente.
Ódio.
Ferve.
A cor do meu cabelo que te conquistou.