terça-feira, 9 de dezembro de 2008
criatidesatividade
minto, pensamentos malvados sempre tem lugar garantido.
mas só eles couberam. as sinapses nem quiseram trabalhar hoje.
e lembro que fazia uma cara que não postava aqui.. :/
sábado, 29 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
24 horas e mais
quando as 24 horas já fazem diferença - e as horas adicionais também demoram a passar.
Os quilômetros se estenderam e já retraíram, mas você ainda está longe
e eu tão linda, em silêncio espero. Não, ouço Lenine
e você pede um pouco mais de paciência
eu digo que é difícil, pois já foram mais de 24 horas.
Volta logo?
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Ufa,
e enxergo seu sorriso!
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Aprendendo a ser árvore
Aprendendo a aceitar as estações, que vão e vêm mudando as folhas , nos trazendo flores e frutos, mas criando cascas em nossos troncos.
Aprendendo a ficar de pé mesmo sob a maior das tempestades.
Aprendendo a proteger aqueles que precisam de nossa sombra.
Aprendendo que nossas raízes é que nos mantém firmes onde estamos.
Estou aprendendo a ser árvore.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Z.
Faz tempo qe -n esreov naad pra vc, e com ese cargo de melior amico, vc bem qe está merecenod!!!!!!1111!!!!!!1111!!!!!!1111ununununununununun
Vc ´pe foda, te amo. É iço.
Bom, el trapaceei e usei un tradutor pra ajuda r a esrevr o teshto, mas ´pe por qe ainda -n sol flente nes idioma..
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Tá, eu acabei de receber sua ligação,
Hmm, será que eu deveria esperar pra ver se você aparece aqui alguma hora, sem eu ter estimulado?
Bom, seus miolinhos estão meio fatigados, não vou exigir muito deles agora.. eu passo o link..
E o que eu queria dizer?
Que o beijo enviado provocou algo muito bom aqui dentro.. vc nem sabe..
E me fala pra quê tanta saudade? Que faço com isso?
Vamos ver "Burn after reading"?
Tan
Eu quero enfeitar você
Porque senão como seria esta vida?
Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
Meus beijos sem os seus não dariam
Meu corpo sem o seu, uma parte
Seria o acaso e não sorte
Sinto que você é ligado a mim
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém
Meus melhores beijos serão seus
Eu quero dizer pra sempre
Que eu te mereço
Que eu me pareço
Com o seu estilo
E existe um forte pressentimento dizendo
Que eu sem você é como você sem mim..
Seja meu príncipe, meu hóspede, meu homem, meu marido..
Entre tantos outros
Entre tantos anos
Que sorte a nossa, hein?
Quero dançar com você..
domingo, 2 de novembro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Quem me lê?
Quantas palavras ficam do que digo?
Quantas ecoam?
Quais reverberam?
Alguma tem valor? Ou validade?
Alguma já venceu?
Quais já alcançaram objetivos?
Quantas ainda chegam a você?
Perfect Symmetry
I ran to the ocean
Looking for somewhere to start a-new
And when I was drowning in that holy water
All I could think of was you
- Je souhaiterai m’immerger dans les profondeurs des mers, y disparaître pour ne plus jamais être vu
(e eu que duvidava da qualidade do novo álbum)
sábado, 25 de outubro de 2008
Vinte e nove
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais
Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de saturno
Decidi começar a viver
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar e a pedir perdão
E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez.
(Já dizia que se eu fosse uma música do Legião, seria essa. E não mudei de opinião..)
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
e o chão parece dissolver.
E os espaços parecem mais apertados, e as pessoas menos simpáticas.
E eu estou ficando no fundo de um cenário que antes era meu, um pouco secundária em meus ambientes preferidos.
E o que fazer com a rotina se já não me adapto?
Se já não me sinto confortável em meus costumes?
Minhas roupas parecem de outra, não sei mais o que gosto.
Nem o que me faz falta.
Estou em um enorme processo de backup.
Mas não sei quais arquivos recuperar, ou quais podem ser recuperados.
Após um abalo sofrísmico, o chão parece dissolvido.
Mal posso ficar parada, tudo se move, menos eu.
Então é hora de mover junto.
Melhor andar que se deixar levar. Então eu vou.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
suspirinho.
Muita dor de cabeça e muita cólica.
Bom bicho-de-pé, ótimo brigadeiro.
Uma batedeira queimada, falta de ovos.
Bater o bolo à mão.
Péssima escolha de música de parabéns.
Mas era Beatles.
Péssimo estado visual do bolo.
Risadas até doer a barriga.
Espumante em copinhos de plástico.
Um presente de aniversário foda.
Uma noite de comemoração,
15 anos de irmãzinha.
sábado, 18 de outubro de 2008
Um piano.
No centro de São Paulo.
Na estação da Luz,
Um piano de rua.
Gente da rua parou para ouvir.
Alguém tocava, com a mochila nas costas.
A melodia "My Way", enquanto todos paravam.
A música entrava pelas bocas embasbacadas,
daqueles que nunca ouviam a música,
Pois seguiam seus caminhos.
As teclas dedilhadas iluminavam a estação, os rostos, os passos.
"Toque-me, sou seu".
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Cheguei à praia.
Volto a perceber a vida aqui dentro. Ela se move. Está me sacudindo.
Após pular de cabeça no mar, tive meu colete salva-vidas arrancado. Desespero, medo, sensação de perda, de fim. Mas, após quase me afogar, consegui nadar e chegar à praia.
Agora é só esperar a respiração se normalizar e a água sair totalmente dos pulmões.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Às vezes alguém já escreveu exatamente aquilo que queríamos dizer.
The Space Between
Você não pode desistir de mim tão rápido.
Não tem nenhuma esperança dentro de você para mim?
Nenhum canto onde você possa me fazer caber?
Mas eu tenho todo o tempo do mundo pra você, amor.
O espaço entre as lágrimas que choramos,
É a risada que nos faz voltar querendo mais.
O espaço entre as mentiras terríveis que dizemos
E esperamos que protejam da dor.
Mas será que te abraçarei de novo?
Estas palavras volúveis e inebriantes me confundem,
Tipo: "Será que vai chover hoje?"
Desperdiçamos as horas com conversas e mais conversas,
Estes jogos falsos que jogamos.
Nós somos estranhos aliados
Com corações em guerra.
Que fera de olhos agitados você seria.
O espaço entre as mentiras terríveis que dizemos
E esperamos que protejam da dor.
Eu te abraçarei de novo?
Eu...
Olhe para nós rodando sem controle
Na loucura de uma montanha-russa.
Você sabe que você saiu feito um diabo
Dentro de uma igreja lotada.
Tudo o que podemos fazer, meu amor
É esperar que não afundemos de vez este barco.
O espaço entre o lugar em que você sorri plenamente
É onde você vai me encontrar se eu conseguir ir.
O espaço entre as balas em nosso tiroteio
É onde você me encontrará escondido, esperando por você.
A chuva que cai
Molha seu coração
E corre como tristeza pela janela, para dentro de mim.
O espaço entre nossas mentiras terríveis
É onde esperamos nos protejer de dor.
Pegue minha mão
Porque nós vamos sair daqui,
Sair daqui.
O amor é tudo de que precisamos, querido.
O espaço entre o que está errado ou certo
É onde você me encontrará escondido, esperando por você.
O espaço entre o seu coração e o meu
É o espaço que preencheremos com o tempo.
O espaço entre as lágrimas que choramos,
É a risada que nos faz voltar querendo mais.
O espaço entre as mentiras terríveis que dizemos
E esperamos que protejam da dor.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
A três
Passarei a noite ao seu lado, abraçando-te com minhas retinas,
Frente a frente, deixando-te derramar em mim suas palavras.
E meus olhos de mulher te beijarão blue,
Com a minha intensidade de mulher,
Mas cansada de um dia espaçado.
E olharei muito tempo teu corpo,
Tuas linhas,
Até, nua de ruídos, adormecer.
Talvez o Pedro procure por nós,
Entre tantos lençóis desarrumados, estendidas, espraiadas.
Nos faça íntimas carícias com sua voz
Em nossos ouvidos,
Encoste os lábios em nossos umbigos,
E assim será seguro amanhecer.
("Se realidade não se fez realizar, a imaginação fará")
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
simples
Uma flor é só uma flor
O mundo é só o mundo.
Eu queria ser, mas não sou um peixe
Uma flor
Um mundo
Não sei ser só.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Em favor da trema
Cinquenta
Linguiça
Equino
Liquidificador
Liquidação
Pinguim
Sagui
Ambiguidade
Unguento
Consequência
Antiguidade
Subsequente
Aguentar
Sequestrador
Sequela
Tranquilidade
Sanguíneo
Por essas e por tantas outras palavras que ficarão no mínimo toscas, eu digo que FIQUE!
("Ninguém aguenta" = como se pode ler isso sem ter dúvidas? Que a trema volte até às palavras que já a perderam antes da reforma..)
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Cantiga de amigo
Têm notícias do meu amigo?
"As pessoas protegem o que amam"
Ondas do mar calado,
Viram talvez o meu amado?
"As pessoas protegem o que amam"
Se souberem do meu amigo,
Peçam a ele atenção e abrigo.
"As pessoas protegem o que amam"
Se então virem o meu amado,
Peçam a ele todo o cuidado.
"As pessoas protegem o que amam"
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
So Damn Lucky
And I love it, Oh, so well..
Excuse me please, one more song..
It's amazing what the music can do.
Só porque eu não aguento mais esperar até domingo
E porque eu já deixei recados para um Dave Matthews no Twitter (verdadeiro? pode ser)
E porque eu teria aprendido a andar de bicicleta em um mês, só pela camiseta do show
E porque vou até o Jockey, sem saber como ainda, pelo show
E porque eu amo o transe em que me encontro ouvindo Some Devil
E porque essa voz mexe em alguma coisa aqui dentro
E porque verei "de perto" a boquinha torta
E porque eu comprei os ingressos no primeiro ou segundo dia de venda, e ainda tem sobrando
E porque ainda terá Vanessa da Mata, Ben Harper e Seu Jorge
E porque ainda é um evento ambiental que terá sanduíches naturais à venda
- e sucos no lugar de cerveja
E porque eu assistiria até NX Zero feliz para poder ver o Dave
- mas felizmente não precisarei, pq essa caca é bem antes, posso chegar depois
(I'm so damn lucky
- mesmo depois de ser acometida por um cocô de pássaro.)
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Flagelos
cega as lágrimas.
No chão quebradiço
nada mais cresce.
Mas agosto passa, aproxima setembro
vem a sombra..
silêncio e receosa expectativa..
Os homens apontam o céu.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
"Antes verdadeira"
das papoulas, das orquídeas,
Sentidos os espinhos, folhas caídas...
Desacredita as primaveras.
(..Confundiram-se estames e pistilos,
Tombaram os caules.
Mas o pólem foi perdido
por outras Rosas, Margaridas,
Hortênsias ou Acácias
E o miosótis - desejado -
Esquecido.
Esmaece o amor-perfeito..
E o vento carrega seu Narciso..)
Cerca-se de estigmas profundos e intocados,
Abraça-se em pétalas,
Deita e fecha em lírio as pálpebras.
As flores de plástico morrem.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Em água
os relógios desfeitos dele já não dizem nada, ou tudo.
Repressão, Felicidade, Barbárie.
Escrevo.
Mente aberta, gelo, neve, azul.
Verde, meio rosto, um nada.
Estrelas.
Vazio, escuro novamente, olhos
perdidos, peixes e peixes, baleia
e uma banca de feira que também expõe encanamentos.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Sorriso de fim de tarde
Como um pássaro entrando pela sala, dinheiro no fundo do bolso,
Surpreendentemente bom, inesperadamente de volta,
Como uma carta perdida em gaveta, a lata de leite condensado escondida no armário.
Por favor fique desta vez, e permaneça real.
Le bal masqué.
Misturam-se num baile desmedido,
Onde os mascarados são aqueles verdadeiros,
E o que se faz real é o mais incongruente.
Viva o desencadeamento delinqüente
de imagens e palavras e ações!
Deixo-me perdida na loucura,
Evanesça-se a certeza dessa mente!
Que venha, máscara entorpecente,
Livrar-me da realidade sólida!
É melhor não se saber o verdadeiro,
Que viver o mesmo engano eternamente.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
u.u
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Euridice all'Ade
Perchè niente mi chiama
Come la tua canzone.
Ed Io che vedo, ad occhi chiusi
La tua luce di stella
Che mi porta il sogno.
Ed Io che penso, non penso più
Perchè mi taglia il cuore
Un fiume di notte.
Ed Io che respiro questa aria gelata,
Sento fluire le Furie
Per tutto il mio essere.
Ed Io che ascolto queste parole semplici,
Non sono dette, nessuna,
Alla tua lingua chiusa.
Ma Io che scrivo perché nessuno mi legga,
Adesso ad aspettare
Che tu venga a cercarmi.
Ed Io non so si sto dentro l'inferno
Oppure sdraiata
Con te nel cielo.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
With a little help.
What would think if I sang out of tune,
Would you stand up and walk out on me.
Lend me your ears and I'll sing you a song,
And I'll try not to sing out of key.
Oh I get by with a little help from my friends,
He gets high with a little help from his friends,
Oh I'm gonna try with a little help from my friends.
What do I do when my love is away?
(Does it worry you to be alone?)
How do I feel by the end of the day?
(Are you sad because you're on your own?)
No, I get by with a little help from my friends,
Mmm I get high with a little help from my friends,
Mmm I'm gonna to try with a little help from my friends
Thank you all.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Acaso
"Só o acaso pode ser interpretado como uma mensagem. O que acontece por necessidade, o que já era esperado e se repete todosos dias é perfeitamente mudo. Só o acaso fala. Nele é que deve tentar-se ler, como as ciganas fazem com as figuras deixadas no fundo de uma chávena pela borra do café."
(passagens de A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera)
"Deixe, pois, que o acaso faça de mim o que quiser."
(frase de A Dama das Camélias, Alexandre Dumas Fils)
Para deixarmos que o dia se leve ao acaso.
Para fazermos as coisas totalmente por acaso.
Para o caso de encontrarmos as pessoas por acaso.
Porque só o acaso salva.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Mon soleil couchant
Mas só percebo após a ter pisado,
E passo pelo mato já arruinado
(as ruínas mantêm os bons costumes)
E sentada na calçada de cimento
Penso aquele (que nem anjo nem demônio),
Ao pôr-do-sol que já não é meu,
E já não é meu o tal outono.
Não tenho falta da presença em carne,
Não faço caso da inútil juventude
Ou de nosso tempo que em rio se esvai.
Que acabe!
Que o coração volte a apenas bombear
E o sentido de tudo não seja sentido.
E que acordemos à luz do meio dia
Para saber as ruas repletas do andar
De corpos descoloridos sem faces.
E na realidade nem me importaria
>
Se Eu morresse amanhã.
domingo, 31 de agosto de 2008
Turn around bright eyes
Mas eu gosto, né.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Um pouco egoísta.
Um pouco que compensasse as angústias, que calasse o vazio.
O mesmo pouco que passa tão longe, que só deixa aos olhos a certeza da existência e a vontade.
Estou meio sem nada.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
E sarebbe come se tutto questo mare annegasse in me.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Milonga
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Le temps et l'amour comme ruine
Simples destruição que ficava, restos de memória criada.
Espaço que deixou vazio.
(vazio que se perde com o tempo)
E agora eu olho seus restos e penso que o grande problema
Não é o entulho da construção inacabada,
Mas o quase eu mesma ter sido arruinada.
"O homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio."(Mahatma Gandhi)
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Não sei.
E essa é uma boa frase para o momento. Não sei. Eu que sempre soube o que queria, o que fazer, já não sei tão bem, já fico na dúvida, até do que eu realmente quero. Poderia ser a dor de cabeça, se isso já não se arrastasse tanto.
A parte boa é que sei muito do que não quero. E que consegui ingressos pro Dave Matthews!
Nothing is here to stay
Everything has to begin and end
A ship in a bottle won't sail
All we can do is dream that the wind will blow us across the water
A ship in a bottle set sail..
E continuam as minhas reflexões existenciais..
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Aprenderei a ser árvore
cego
de ser raiz
imóvel
de me ascender caule
múltiplo
de ser folha
aprendo
a ser árvore
enquanto
iludo a morte
na folha tombada do tempo
(Mia Couto)
Porque não sei ser árvore ainda
e ainda não sei escrever.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Feiticeiro
Que morram as estradas, se apaguem os caminhos e desabem as pontes!
Chorais pelos dias de hoje? Pois saibam que os dias que virão serão ainda piores. Foi por isso que fizeram esta guerra, para envenenar o ventre do tempo, para que o presente parisse monstros no lugar da esperança.
Não mais procureis vossos familiares que saíram para outras terras em busca da paz. Mesmo que os reencontreis eles não vos reconhecerão. Vós vos convertêeis em bichos, sem família, sem nação.
Porque esta guerra não foi feita para vos tirar do país mas para tirar o país de dentro de vós.
Agora, a arma é vossa única alma. Roubaram-vos tanto que nem sequer os sonhos são vossos, nada de vossa terra vos pertence, e até o céu e o mar serão propriedade de estranhos. Será mil vezes pior que o passado pois não vereis o rosto dos novos donos e esses patrões se servirão de vossos irmãos para vos dar castigo.
Ao invés de combaterem os inimigos, os melhores guerreiros afiarão as lanças nos ventres das suas próprias mulheres. E aqueles que vos deveriam comandar estarão entretetidos a regatear migalhas no banquete da sua própria destruição. E até os miseráveis serão donos do vosso medo pois vivereis no reino da brutalidade.
Terão que esperar que os assassinos sejam mortos por suas próprias mãos pois em todos haverá medo da justiça. A terra se revolverá e os enterrados assomarão à superfície para virem buscar as orelhas que lhes foram decepadas. Outros procurarão seus narizes no vómito das hienas e escavarão nas lixeiras para resgatarem seus antigos órgãos.
E há-de vir um vento que arrastará os astros pelos céus e a noite se tornará pequena para tantas luzes explodindo sobre as vossas cabeças. As areias se voltearão em remoinhos furiosos pelos ares e os pássaros tombarão extenuados e ocorrerão desastres que não têm nome, as machambas serão convertidas em cemitérios e das plantas, secas e mirradas, brotarão apenas pedras de sal. As mulheres mastigarão areia e serão tantas e tão esfaimadas que um buraco imenso tornará a terra oca e desventrada.
No final, porém, restará uma manhã como esta, cheia de luz nova, e se escutará uma voz longínqua como se fosse uma memória de antes de sermos gente. E surgirão os doces acordes de uma canção, o terno embalo da primeira mãe.
Esse canto, sim, será nosso, a lembrança de uma raiz profunda que não foram capazes de nos arrancar. Essa voz nos dará a força de um novo princípio e, ao escutá-la, os cadáveres sossegarão nas covas e os sobreviventes abraçarão a vida com o ingénuo entusiasmo dos namorados.
Tudo isso se fará se formos capazes de nos despirmos desse tempo que nos fez animais. Aceitemos morrer como gente que já não somos.
Deixai que morra o animal em que esta guerra nos converteu.
Em: Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007; p. 201.
Caixa
Não há luz.
Há poeira, muita poeira, e eu já não consigo respirar.
Ar.
Ar.
[tomba a caixa].
O não-estar.
E quando não sentimos? E quando não estamos?
Não é o mal-estar ou o bem-estar. É o não-estar.
Estou numa semana fora do mundo. Como se tivessem amputado as sensações de meu corpo. São agora como membros-fantasma, mas apenas isso. Sei que já estiveram aqui. Sinto a saudade de sentir, de verdade. E não importa o quê..
Semana vivida apenas por si. De leve..
Aparecendo no máximo um maumorzinho inconveniente..
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Valendo o mesmo que Machado
Por enquanto, me divirto descobrindo quais outros autores também são vendidos pelo mesmo preço:
http://sebopacobello.locaweb.com.br/busca.php?tipo=tituloautor&nome_primeiro=MACHADO%20DE&nome_ultimo=ASSIS
Uhuu, excelente descobrir que custo o mesmo que Machado!! \o/
Mas bem que podia ter foto da capa :/
http://sebopacobello.locaweb.com.br/busca.php?statsadd=1&tipo=titulo&string=2026
Enfim, este é um bom argumento para minha pretensão de conseguir uma cadeira na Academia. Mesmo que de plástico.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
..
Provavelmente com fundo musical bem planejado.
Por que diabos..
Não me diz absolutamente nada.
domingo, 17 de agosto de 2008
Domingo
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Poesias Arcoloridas: Violeta
Mais do que palavra ou cor, uma vida.
Do primeiro dia já sabíamos, eu seria sua.
O tempo longe, desacreditado, trouxe sua imagem de volta, era para ser.
Violeta
Violett
Violet
Viola
Vijoličast
Fioletowy
Violetto
紫
بنفش
E é minha.
Poesias Arcoloridas: Anil / Indigo
É cor-não-cor, mestiça de azul e violeta, fusão.
A cor-não-cor não tem cor de planta, e é.
Irreconhecível, indescritível, impensada.
Mais ciência que realidade.
É cor e compõe o arco.
Poesias Arcoloridas: Azul
banalização do azul, imagens largadas de céu.
Onde mais encontro?
Em chão não há.
Procuro dentro.
Atrás dos olhos, também azuis,
o azul na cor que poderia sorrir.
Poesias Arcoloridas: Verde
sua blusa que me abraça ao sono?
Saberia o Sol? Pés?
Não saberia.
Não saberia o tempo,
envelhecimento.
Como saber nossas tardes de liberdade,
libertivertimento,
na ausência do verde?
Poesias Arcoloridas: Amarelo
hÁ mar no elo
Ama, rói, mela
roela
Ama e rela
Amar é ela
E só ela ama.
Poesias Arcoloridas: Laranja
fruta
cheiro
cor.
fruta e cor, sob a mesma casca
o mesmo rótulo dividido,
definido o artigo, definido
se cor ou fruta
mas importa? se fruta ou cor
será laranja e pronto.
(e bagaço talvez).
Poesias Arcoloridas: Vermelho
Quente.
Ódio.
Ferve.
A cor do meu cabelo que te conquistou.
Hélas
domingo, 29 de junho de 2008
Post inicial malfeitomesmoedaí
Ele carrega o peso da abertura, a - nem sempre, ou ainda, quase nunca na verdade - primeira imagem que teremos dele..
Serei breve.
Findo aqui, apenas pelo compromisso da postagem.
:D (fica feio quando a fonte é "with serif")