sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A três

Ana,
Passarei a noite ao seu lado, abraçando-te com minhas retinas,
Frente a frente, deixando-te derramar em mim suas palavras.
E meus olhos de mulher te beijarão blue,
Com a minha intensidade de mulher,
Mas cansada de um dia espaçado.
E olharei muito tempo teu corpo,
Tuas linhas,
Até, nua de ruídos, adormecer.

Talvez o Pedro procure por nós,
Entre tantos lençóis desarrumados, estendidas, espraiadas.
Nos faça íntimas carícias com sua voz
Em nossos ouvidos,
Encoste os lábios em nossos umbigos,
E assim será seguro amanhecer.






("Se realidade não se fez realizar, a imaginação fará")

3 comentários:

ugo pozo disse...

ah, mas podiam ser três mulheres.

/joselito.

Paulo Chagas Dalcheco disse...

"nua de ruídos"... Muito bom!!! Só achei que a primeira estrofe difere muito sonoramente da segunda... Mas gostei muito do jeito suave de escrever, das cenas tranquilas e cheias de significados... Parabéns!

-d.c.- disse...

gostei de seu mantra preparativo para se fazer um trabalho rsrs.
brincadeiras a parte, acho que o texto condiz com as mulheres envolvidas. gostei...

bjs,

d.