segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mon soleil couchant

A flor tomba entregando seus perfumes
Mas só percebo após a ter pisado,
E passo pelo mato já arruinado
(as ruínas mantêm os bons costumes)

E sentada na calçada de cimento
Penso aquele (que nem anjo nem demônio),
Ao pôr-do-sol que já não é meu,
E já não é meu o tal outono.

Não tenho falta da presença em carne,
Não faço caso da inútil juventude
Ou de nosso tempo que em rio se esvai.

Que acabe!

Que o coração volte a apenas bombear
E o sentido de tudo não seja sentido.

E que acordemos à luz do meio dia
Para saber as ruas repletas do andar
De corpos descoloridos sem faces.
E na realidade nem me importaria

Se Eu morresse amanhã.

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